De Sonia Braga a Kéfera, eles brilharam muito no cinema nacional em 2016!

Se 2016 foi um furacão na política, nacional e mundial, no cinema não foi diferente. Foi o ano do cinema brasileiro contra o impeachment no tapete vermelho do Festival de Cannes, mas também foi o ano em que os youtubers começaram a ganhar as telas.

Se uma novela bíblica foi a campeã de bilheteria na sala escura (“Os Dez Mandamentos”), também tivemos o riso de Elis Regina, o retorno da eterna musa Sonia Braga em “Aquarius” – o filme mais polêmico do ano – e o reforço do cinema infantil com “Carrossel 2”.

Confira abaixo as pessoas que mais brilharam no cinema brasileiro em 2016, no cinema comercial que rendeu boas bilheterias ou em filmes de autor que, como sempre, deixou alguns filmes inesquecíveis.

DivulgaçãoKéfera Buchmann

2016 vai ficar conhecido como o ano em que os produtores brasileiros descobriram os youtubers, levando para o cinema o poder de fogo que eles já mostram na internet e nos livros best-sellers. Com quase 10 milhões de seguidores em seu canal 5inco minutos, no YouTube, Kéfera estreou com tudo no cinema como a fada descompensada da comédia “É Fada!”. O filme se tornou a quarta maior bilheteria nacional do ano, levando 1,5 milhão de pessoas aos cinemas. Com um público adolescente cativo, em especial as meninas, Kéfera levou aos cinemas três vezes mais público do que o grupo Porta dos Fundos com o filme “Contrato Vitalício”. Tudo bem que logo depois estreou um drama com ela, “O Amor de Catarina”, que ninguém viu…
Imagem: Divulgação

Thibault Camus/AP PhotoSonia Braga

Durante anos estrela da maior bilheteria do cinema brasileiro (“Dona Flor e seus Dois Maridos”, 1976), a última vez que vimos Sonia Braga brilhar de verdade nas telas havia sido há mais de 20 anos, com “Tieta do Agreste” (1996). Depois, nos acostumamos a vê-la em pequenas participações em séries americanas como “Sex and the City”. E eis que este ano Sonia ressurgiu linda e poderosa, jogando seu lenço vermelho pro alto no tapete do Festival de Cannes, como estrela de “Aquarius”, o filme brasileiro mais falado do ano. Sua personagem, Clara, que se recusa a sair do apartamento onde vive há décadas e enfrenta os donos de uma grande construtora, foi comparada a Dilma Rousseff e virou a heroína da resistência do ano.
Imagem: Thibault Camus/AP Photo

DivulgaçãoJulio Andrade

O ator gaúcho ficou mais conhecido do grande público como o revoltado Gonzaguinha na cinebiografia “Gonzaga – De Pai para Filho” e como o escritor Paulo Coelho de “Não Pare na Pista”. Em pouco tempo, tornou-se o queridinho do cinema brasileiro, e em 2016 estreou nada menos que quatro filmes: “Reza a Lenda”, “Elis”, “Sob Pressão” e “Maresia”. E já tem mais dois na gaveta para 2017: o drama “Redemoinho” e a fantasia “Malasartes e o Duelo com a Morte”, onde fará o papel da própria Morte. Não tem pra mais ninguém atualmente.
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DivulgaçãoAndréia Horta

A atriz mineira despontou em 2008 na série “Alice”, da HBO. No cinema, só tinha feito duas comédias fraquinhas – “Muita Calma nessa Hora” 1 e 2 –, até impressionar neste ano ao viver com perfeição a cantora Elis Regina em “Elis”, de Hugo Prata. Andréia foi o grande destaque entre os atores vivendo personagens reais no cinema, que em 2016 teve ainda ótimos trabalhos de Glória Pires (como a enfermeira Nise da Silveira em “Nise – O Coração da Loucura”) e José Loreto (como o lutador José Aldo em “Mais Forte que o Mundo’).
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DivulgaçãoPaulo Gustavo

Depois de Ingrid Guimarães e Leandro Hassum, Paulo Gustavo se tornou o terceiro grande astro de comédia do cinema brasileiro nos últimos anos. Em 2015, ele foi o grande chamariz de “Vai que Cola – O Filme”, que vendeu 3,3 milhões de ingressos. Agora, bem na reta final de 2016, ele volta à pele da supermãe controladora Dona Hermínia em “Minha Mãe é uma Peça 2” – que periga ser a maior bilheteria nacional de 2017.
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ReproduçãoLarissa Manoela

Depois do sucesso do primeiro “Carrossel”, que levou aos cinemas a turma da novela do SBT, Larissa Manoela viu sua personagem de menina mimada ir parar no título da sequência lançada este ano. “Carrossel 2 – O Sumiço de Maria Joaquina” foi o filme nacional infantil de maior sucesso do ano, com 2,5 milhões de espectadores. A atriz de 15 anos ainda cumpriu jornada dupla no SBT vivendo gêmeas na novela “Cúmplices de um Resgate”.
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DivulgaçãoKléber Mendonça Filho

O diretor pernambucano já havia sido aclamado com seu primeiro longa de ficção, “O Som ao Redor” (2013). Este ano, seu novo filme, “Aquarius”, foi selecionado para a restrita competição do Festival em Cannes em maio –e virou notícia em todo o país com os cartazes que Kléber, Sonia Braga e a equipe do filme levantaram contra o impeachment no tapete vermelho antes da sessão de gala. Nos meses seguintes, “Aquarius” continuou na mídia – primeiro por uma classificação indicativa de 18 anos dada ao filme pelo Ministério da Justiça por conta de rápidas cenas de sexo e orgia, que depois foi diminuída para 16; e por ter sido preterido como candidato brasileiro ao Oscar em favor do lacrimoso “Pequeno Segredo”.
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Divulgação/RecordGuilherme Winter

O galã brasileiro mais visto nos cinemas este ano não foi Wagner Moura, nem Selton Mello, nem Lázaro Ramos. Protagonista de “Os Dez Mandamentos – O Filme”, derivado da novela da Record, Guilherme Winter viu o seu profeta Moisés ganhar as telas no começo do ano e tornar-se recordista do cinema brasileiro – foram 11,2 milhões de ingressos vendidos, boa parte para igrejas e grupos evangélicos.
Imagem: Divulgação/Record