Na última quarta-feira (7), o Simple Plan deu início a mais uma turnê pelo Brasil, começando pela cidade de São Paulo. O show aconteceu no Citibank Hall e mostrou que os canadenses ainda arrastam uma legião grande e fiel de fãs brasileiros.
Sem atração de abertura, o esquenta ficou por conta de um DJ que fez todo mundo voltar para o começo dos anos 2000 ao som de hits de Avril Lavigne, Paramore, Panic! At The Disco, Linkin Park, entre outros. E, quando o DJ se retirou e a casa assumiu o som colocando Anitta e alguns sertanejos, o público se mostrou eclético e cantou junto.
Pierre Bouvier (vocal), Sebastien Lefebvre (guitarra e backing vocal), Jeff Stinco (guitarra) e Chuck Comeau (bateria) foram recepcionados com muito barulho por um Citibank Hall lotado. Sem o baixista David Desrosiers, que não veio para a tour na América do Sul, a banda deu início à sua apresentação com “Opinion Overload” e “Jet Lag”.
“Muito obrigado, São Paulo!”, agradeceu Pierre, em português. Com tantas vindas ao Brasil, a banda já aprendeu algumas coisas do nosso idioma e passou o show todo mostrando isso.
Para a próxima música, o vocalista convocou todo mundo para pular com “Jump”, que tirou, literalmente, todo mundo do chão. Certamente sempre rende um dos momentos mais divertidos do show e ainda inclui um trecho de “I Gotta Feeling”, do Black Eyed Peas.
Também em português, Pierre mandou um “como vai vocês?”. O carisma do vocalista é enorme e durante toda a apresentação ele fazia questão de agradecer e demonstrar carinho pelos fãs. Ele ainda falou sobre a volta da banda ao Brasil e mencionou a ausência de David: “ele está presente em espírito”.
“I’d Do Anything”, faixa que abre o primeiro disco do Simple Plan, veio seguida de “Boom!” e “Welcome To My Life”. Intercalando faixas de todas as fases de sua carreira, a banda seguiu a todo gás no palco, enquanto o público cantava letra por letra a uma só voz. Além de Pierre, Seb e Jeff também se movimentavam constantemente de um lado a outro do palco, ficando o mais perto dos fãs possível.
“Addicted” foi outro momento de destaque da noite, não só por ser um hit antigo que todos adoram, mas também porque a parte que seria cantada por Desrosiers ficou a cargo dos fãs e rendeu outro momento marcante. Após “Your Love Is A Lie”, Pierre descreveu o momento como “demais” e perguntou se as pessoas estavam se divertindo. Em mais uma declaração de amor para os fãs, o vocalista anunciou “Perfectly Perfect”, que teve seu clipe lançado há poucos dias.
Fomos então convidados a fazer parte da festa do Simple Plan. Ao som de “Uptown Funk”, do Bruno Mars, e “Can’t Feel My Face”, do The Weeknd, todos dançaram e cantaram junto. Entre “Can’t Keep My Hands Off You” e “Farewell”, mais palavras soltas em português, como “caipirinha” e “garotas”.
Depois de Pierre mencionar o frio do Canadá e o calor e as praias lindas do Brasil, a banda deu início a “Summer Paradise”, que contou com bolas de praia jogadas na galera da pista. Diversão entre o público e no palco. Era visível o quanto os integrantes também estavam curtindo tudo aquilo.
Durante “Crazy”, o vocalista chegou a descer e ir até o pessoal da grade, para loucura geral de quem estava perto e ainda conseguiu cumprimentá-lo. De volta ao palco, o frontman fez um discurso sobre a banda estar a tanto tempo junta, com a mesma formação, e sobre os fãs serem a razão daquilo tudo. A próxima música foi “I’m Just A Kid” e coro do público foi bonito de ver.
O grupo se retirou e voltou alguns minutos depois para o bis. Chuck foi até a frente do palco carregando uma bandeira do Brasil e, em seguida, a banda tocou “Shut Up” e “Perfect World”. Sabendo que o show caminhava para o final, Seb disse que não queria ir embora. “É o maior show da América do Sul’, afirmou Bouvier.
Para encerrar num clima intimista, “Untitled” e “Perfect”, que contou com celulares dos fãs iluminando a casa. A plateia cantava tão alto que encobria a voz do vocalista. Foi um belo final de show! “Nós somos o Simple Plan e nós amamos muito vocês!”, se despediram, deixando os fãs para lá de satisfeitos com a apresentação.
Alguns foram pela nostalgia de voltar a ser adolescentes como na época em que a banda começou. Muitos foram porque ainda acompanham de perto o trabalho do grupo. Alguns estavam ali pela primeira vez, outros já haviam visto vários shows. O fato em comum é que com certeza a noite valeu muito a pena para todos.